Crônica de mãe #4
Temos raizes, ou seja, não tem como ignorar o passado sem agradecê-lo, pelo menos digo isso do meu e falo com sinceridade, foi ótimo. E até me compadeço dos nossos filhos de cidade, que não tiveram a graça de morar em um lugarejo interiorano como morei até meus 22 anos.
Bom, volto a falar do Salles de Oliveira, cito o nome, pois sei que muitos que irão ver este relato, foram ou ainda são de lá.
Em frente a minha casa, havia uma decida, daquela que quando chove, se fica cheio de lama, até a alma, devido o barro vermelho do querido Paraná.
E foi em um destes dias de muita chuva, que um casal de japoneses carregados de mangas, acabaram pernoitando em nossa casa, já que o Salles não possuía nenhuma pousada e o carro deles, estava totalmente ilhado no lamaçal.
Mas que tarde feliz, mangas deliciosas o que devido o frio do Paraná era uma fruta rara, ao contrário daqui do norte que da quase o ano todo.
Mais o melhor ainda, é que o casal tinha um bebê de uns 3 meses e não sei se era meu tamanho de 8 anos que era pequena, ou se o bebê realmente era grande e fofinho demais.
Eu fiquei tão apaixonada pelo gordinho bebê que pedi a Deus que um dia tivesse um filho japonês.
Deus sempre atende da melhor forma possível e como não casei com japonês algum, nem me lembro se tive um rapaz japonês como amigo, porem recebi a abençoada sorte de ter uma filha indígena para com seus olhinhos puxados, me recordar o lindo japonezinho.
Vera Sábio 01-11-23
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