Crônica de mãe #2

 Televisão já existia mas como o pessoal gostava de praticar o ato de conceber e concebiam bastante, tanto que depois do primeiro sobrinho, logo veio o segundo e a admiração por aqueles seres inocente, pela magia de eu tão pequena, nem saber como um bebê poderia nascer dentro de uma barriga, só me fazia sonhar, quando seria a minha vez.

O meu segundo sobrinho mostrou bem cedo,que nem sempre os filhos nasciam saudáveis e as orações de todos da família se intensificaram muito, pois meu sobrinho era um bebê bastante debilitado, o qual requeria cuidados especiais e demandava trabalho dobrado com a participação de todos da família.

A vida do primeiro anjinho que nossa família teve no céu, durou 5 anos na terra, tempo em que minha irmã ainda deu a luz a mais dois filhos.

Como os cuidados com o filho com deficiencia era muito, os outros filhos ficaram mais aos cuidados dos tios e avós e eram para mim, as crianças mais queridas e lindas do mundo.

O mais velho, bem criança era responsável até por ajudar a cuidar do irmaãozinho dependente, o que não deixava com que sua energia desaparecesse e dentre tantas coisas que lhe aconteceu, esta acho que foi uma das mais engraçadas.

Minha irmã que morava no sítio, estava passando uns dias na minha casa que era em um lugarejo mais habitado, e em frente a minha casa, havia uma parada de ônibus.

Em uma manha de inverno, minha mãe pegou o ônibus para ir a cidadezinha mais próxima, uns 17 quilômetros de lá.

O ônibus estava super cheio, muitas pessoas indo em pé, inclusive minha mãe.

Foi quando ela já estava uns 5 quilômetros perto de onde iria chegar, que sentiu duas mãozinhas segurando a sua perna.

Qual não foi o susto quando olhou para baixo e viu o meu sobrinho mais velho, com os seus 3 anos de idade, segurando-a pela perna!

A conclusão vocês já sabem, o garoto viu a avó entrar no ônibus e na muvuca entrou também, só a encontrando este tempo depois devido tantas pernas que ele precisou passar.

Minha mãe desesperada disse ao motorista, que parasse o primeiro carro que estivesse voltando que ela iria pegar uma carona, afinal minha irmã poderia estar a procura do filho e celular não existia na época. Ainda bem que todos se conheciam e logo a carona a levou de volta.

Vera Sábio 29-10-23

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