AVANÇOS NA LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM RORAIMA


    "Seja capaz de ver a realidade do outro, presente em você"
    Quero convidar você leitor, para refletir neste dia 3 de dezembro onde comemora-se o dia internacional da luta da pessoa com deficiência. Sobre como está a vida de mais ou menos 24% da população de Roraima que possui algum tipo de deficiência, (visual, auditiva, física e intelectual).
    Vocês sabiam que em grande maioria estas deficiências foram adquiridas no decorrer da vida?
     Que muitas pessoas se tornaram com deficiência por acidentes, ou seja imprudência e falha humana? Que o transito, o atraso nos atendimentos médicos, as infecções estabelecidas nos hospitais, a falta de recursos, medicamentos, fisioterapias, equipamentos etc., como a falta de higiene, conscientização e todo tipo de precaução; deixaram pessoas que andavam, viam, ouviam e tinham o intelecto preservado; à fazerem parte desta grande parcela de pessoas com deficiência.
    E vocês sabiam também que possuir algumas destas anomalias citadas acima não faz uma pessoa ser limitada ou deficiente? Isto ocorre muito mais pela deficiência arquitetônica, comunicacional, atitudinal e tecnológica.
    As pessoas com deficiências são bem mais capazes do que se suponha. O que falta são cidades acessíveis e uma sociedade acolhedora que as ofereçam oportunidades de aprendizagem. A deficiência não torna ninguém deficiente; porem requer recursos acessíveis e cursos de capacitações, para que a pessoa com deficiência possa se reabilitar e ter autonomia nos estudos, no trabalho e na vida como um todo.
    Agora que o COEDE/RR- Conselho Estadual de Direito das Pessoas com Deficiência já vos esclareceu a respeito de como estas pessoas devem ser tratadas.
Lhes perguntamos:
    Quais são os avanços acessíveis em relação as condições físicas, arquitetônicas, tecnológicas, atitudinais e comunicacionais, proporcionadas para o melhor desenvolvimento desta população em Roraima?
    Já fez 1 ano que no Dia Internacional da Luta das Pessoas com Deficiência, tivemos da governadora a confirmação que teríamos um fundo especifico para que o COEDE/RR possa trabalhar com maior eficaz em prol desta população, este fundo ainda não foi aprovado pela casa civil, por quê?
    E vocês acham que realmente a acessibilidade das praças, comércios, locais públicos, escolas, centros de saúde ,, calçadas e ruas estão adequados e proporcionam autonomia e segurança a uma pessoa com deficiência?

    Vocês sabiam que nem 5% desta quantia de mais de 90 mil pessoas com deficiência existentes em Roraima, trabalham? E as empresas que possuem mais de 100 funcionários e são obrigadas por lei a contratarem pessoas com deficiência, sempre optam por pessoas que tem uma limitação leve ou moderada, ou seja: evitam contratar quem não enxerga de nenhum dos olhos, ouve de nenhum dos ouvidos ou tem o intelecto bem comprometido e o físico sem movimentos. Assim, normalmente as pessoas contratadas tem suas limitações quase imperceptíveis, porem para a empresa andar na lei é o que basta; não se preocupando em adequar espaços, equipamentos e serviços para oportunizar os que possuem uma limitação severa.
    E para concluir peço a você que não possui algumas destas deficiências citadas. Não se permita ser deficiente de empatia, de solidariedade, de fraternidade e de amor e enxergue no outro seu semelhante, tendo coragem de se colocar no lugar dele pelo menos por um instante.
    Quando achar um local bonito, feche os olhos e veja se consegue andar nele, e se os pisos táteis existentes são seguros para sua locomoção? Imagine-se surdo e perceba se tem como compreender o que esta acontecendo em sua volta; observe a arquitetura e pense que se estivesse em uma cadeira de rodas ou com um par de muletas, teria condições de se movimentar, subir e descer aquela rampa, rodar confortável sobre os tijolinhos daquela praça, entrar naquele comércio ou setor público; ter segurança com os desvios proporcionado pelas ciclovias. etc.; e quando estacionar seu carro, perceba se aquele local não é para uma pessoa que precise estar mais perto pela dificuldade que possui, ou estará impedindo a circulação e segurança das pessoas com deficiência. E se seu filho tem deficiência intelectual, ele é bem acolhido e incluso?
    Se algumas destas situações não acontecem, será que ocorre a participação das pessoas com deficiência no planejamento das cidades, e construções das leis de acessibilidade, visto que apenas elas sabem como devem tornar os locais e ambientes mais acessíveis para elas. Cumprindo assim a Convenção da ONU e a Lei de Inclusão que diz que: "Nada seja feito pela pessoa com deficiência, sem a participação das mesmas".
Só assim seremos capazes de avançarmos juntos em prol de um mundo melhor para nós e para todos que também tem direitos aos mesmos ambientes que frequentamos e aos mesmos estudos e trabalhos que ocupamos.
    Roraima não é Estado justo, se for lugar excludente.  Faça nosso Estado ser um local perfeito.
    Trabalhe com o COEDE/RR, ajude no cumprimento dos direitos das pessoas com deficiência, denuncie quando necessário e junte-se a nós.
    COEDE/RR Conselho Estadual de Direito das Pessoas com Deficiência.
Presidente: Maria Auxiliadora Evangelista da Silva
tel: 21212648

participação: Conselheira Vera Sábio
cel. 991687731

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