SEM ACESSIBILIDADE NÃO HÁ INCLUSÃO
Faz alguns anos que fala-se muito em
inclusão social; inúmeros trabalhos de conclusão de cursos foram realizados a
este respeito; diversas leis foram aprovadas para que a inclusão aconteça de
fato e de direito.
Porem bate-se nesta tecla dia a dia; no
entanto poucas coisas saíram do papel.
Não digo que algumas coisas não mudaram
para melhor, mas aquela pessoa que sente na pele a necessidade de empurrar sua
cadeira de rodas pelas calçadas irregulares, para entrar em um transporte
público inacessível, e chega em uma escola onde a biblioteca é no piso
superior, levado por escadas sem a mínima condição do cadeirante acessar. etc.
Para estas pessoas; como também para o cego
que não tem segurança de andar pelas ruas, onde a rampa não significa que ali
há uma faixa de pedestre, nem a faixa possui rampas dos dois lados da rua,
garantindo a travessia com segurança. E nas escolas não há computadores
preparados para que o cego possa estudar com autonomia, através da
acessibilidade digital.
Enfim, se formos citar cada dificuldade de
uma pessoa com deficiência intelectual, a qual não é diversas vezes aceita pela
própria família; onde todos, trata-a com preconceitos. Como também a enorme
dificuldade de comunicação existente entre as pessoas surdas; pela falta de aprendizagem
da "LIBRAS" - língua brasileira de sinais; pelos que escutam.
Vocês que tem a capacidade de movimentação;
de ler o que escrevo; de ouvir quaisquer sons e de compreensão intelectual.
Cansariam de ler todas as queixas, simplesmente por que as leis de acessibilidade
e inclusão não são cumpridas.
Não adianta escrever mais leis, nem resolve
o problema das pessoas com deficiências as inúmeras monografias sobre o tema.
Mas a sensibilidade, a empatia, a fraternidade e o entendimento de que o que fizermos
de bom aos outros, poderemos receber em dobro se viermos a precisar. Isto sim
resolve.
Por tanto mais uma vez peço a vossas
empatias; e também quero esclarecer aos mais leigos.
Sem acessibilidade não há inclusão. Os
arquitetos ao desenhar a planta de qualquer imóvel tem a obrigação de fazer
este espaço acessível para todos. Isto é uma lei que deve ser cumprida, a qual,
qualquer pessoa tem o dever e o direito de denunciar a falta de acessibilidade
em cada prédio público e particular; e também em cada calçada, praças e
locais onde todos tem o
direito de ir e vir com segurança.
Esta obra é responsabilidade de quem a
projetou; portanto que cumpram as leis do desenho universal, e sejam punidos
aqueles que não cumprirem.
Só assim estaremos promovendo um mundo mais
acessível com respeito a limitação de cada um.
Brasil não pode ser Brasil se for nação
excludente.
Faça a nossa pátria
mãe, ser um país perfeito.
Vera Sábio
Presidente do COEDE/RR
Conselho Estadual de direito das Pessoas com
Deficiência.
some se a nós.
21212600 sala 35
cel 991687731
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